SISTEMISMO
Este blog aborda diferentes temas, segundo uma perspectiva tríplice: sistêmica, ecológica e cibernética..
CRESCIMENTO ECONÔMICO – UM INDICADOR FRAGMENTÁRIO
Visualizado com os “olhos econômicos”; como diz Miriam Leitão, o índice de crescimento econômico, de aproximadamente 3%, previsto para este ano, é pífio.
Entretanto, tal indicador, pela ótica da metodologia sistêmica, preconizada por este blog, corresponde a uma percepção de caráter fragmentário, portanto não sistêmico, ao ser focalizado isoladamente.
É por este motivo que estamos divulgando aqui, o Sistemismo Ecológico e Cibernético, o qual focaliza, a um só tempo, o sistema, o ambiente em que este se situa e os seus mecanismos de controle.
Costuma-se dizer que “que a estatística é como o biquíni: mostra o supérfluo e esconde o essencial”.
Acertadamente, agiu Tereza Cruvinel ao escrever na coluna “Panorama Político”, de O Globo, de hoje:
“Juntamente com a adesão quase integral do PMDB ao Governo vieram a revelação de que a economia cresceu apenas 0,5% no terceiro trimestre e o estudo do economista Ricardo Paes de Barros (IPEA), que explica em parte, a reeleição do Presidente Lula: a renda dos 10% de brasileiros mais pobres cresceu 8% ao ano entre 2001 e 2005, enquanto a dos 10% mais ricos, apenas 0,9%. Outro estudo do Ministério do Desenvolvimento Social, mostrou um aumento médio de 37% na renda dos que recebem Bolsa Família.”
Esta publicação permite uma percepção mais abrangente da realidade brasileira atual, mas ainda carece da inclusão de outros indicadores sociais, entre os quais certos índices, de grande significação como a acentuada redução da mortalidade infantil e peri-natal, o aumento da vida média da população brasileira e, o avanço da inclusão digital que, até na população idosa ja astinge 40%.
Certamente, contribuiram para a diminuição do índice de crescimento do país,os dispêndios com o pagamento da Bolsa Família que atinge,neste ano, 1.100.000 famílias, aproximadamente 44.400.000 pessoas, reduzindo a fome endêmica, com reflexos na saúde da população,além de gastos diretos com saúde pública, educação e outros de cunho social.
Abordados sob o ângulo do desenvolvimento social e não, meramente, pelo ponto de vista do crescimento econômico, os gastos referidos constituem autênticos investimentos.
Você deixaria de aplicar seus rendimentos na educação dos seus filhos, a fim de os investir na Bolsa de Valores?
Na verdade,um dos motivos pelo qual as elites econômicas financiam a eleição de governantes é para exercer o poder de controle social que o estado conservador desempenha a contento, ou seja, privilegiando os segmentos situados no vértice da pirâmide social, em detrimento dos colocados na sua base.
Ao mesmo tempo, bancam a eleição de parlamentares para que estes verberem contra as governantes quando destoarem desses propósitos, ainda que tenham que usar de eufemismos em seus discursos, além de fazer leis que não modifiquem, mas perpetuem o “status quo”, para que o estado continue a coletar impostos pagos pelo “cidadão-eleitor-contribuinte” a fim de canalizá-los, seja lá a que título for, na direção de interesses contrários às transformações do ambiente social brasileiro e aos ditames da justiça social.
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