segunda-feira, agosto 20, 2007

ESTOURO DA BOLHA IMOBILIÁRIO NOS EUA TEM EFEITO SISTÊMICO: ATINGE TODOS OS SETORES DA ECONOMIA, NO MUNDO INTEIRO


* Turbulência faz vítimas também na renda fixa

A forte turbulência dos mercados da semana passada, que provocou grandes perdas em fundos de ações e multimercados, não poupou nem as carteiras de renda fixa.

A alta dos juros que acompanhou as incertezas reduziu o valor dos títulos prefixados e dos papéis indexados à inflação.

Com isso, muitos fundos de renda fixa de grandes bancos voltados para pequenos investidores, normalmente mais conservadores, tiveram perdas nas cotas no dia 16, quando a média dos renda fixa do mercado ficou negativa em 0,14%.

As carteiras de ações perderam 6,14% e os multimercados 0,66%.

Os prejuízos no dia 16 - quando o Índice Bovespa chegou a cair 9% ao longo do dia - aparecem nas cotas publicadas hoje no Valor.

No caso dos grandes fundos de renda fixa dos bancos de varejo, elas estão na média em torno de 0,10% no dia, mas podem chegar a 1,17%, caso da Nossa Caixa.

(Correio Braziliense - Sinopse Radiobrás)


* O estouro na bolha imobiliária nos EUA puxou para cima os juros cobrados nas linhas externas de capital de giro para tomadores brasileiros na mesma proporção da alta do risco-Brasil.

Bancos e empresas brasileiras têm evitado ao máximo tomar essas linhas para não referendar a alta, de até 100% em relação a meados de junho.

O tesoureiro de uma grande banca nacional informou que os investidores externos, que antes aplicavam seus recursos no país sem pestenejar, agora querem saber quem no Brasil tem algum tipo de exposição ao crédito imobiliário de alto risco americano.

As linhas de comércio exterior de curto prazo tiveram alta pequena nos spreads e o mercado segue normal.


(Correio Braziliense - Sinopse Radiobrás)

sábado, agosto 11, 2007

ECONOMIA MUNDIAL: SUA NATUREZA SISTÊMICA, ECOLÓGICA E CIBERNÉTICA

A economia mundial constitui um sistema:

É o Sistema Econômico-Financeiro Planetário.

O Sistema Wconômico-Financeiro do Brasil corresponde a um dos subsistemas desse sistema, de âmbito mundial.

O Sistema Econômico-Financeiro Planetário constitui, pois, um metassistema do Sistema Econômico-Financeiro Nacional mas, ao mesmo tempo, aquele constitui o ambiente em que este está inserido.

Todo sistema está envolvido pelo ambiente, com o qual efetua constantes intercâmbios, afetando-se, mutuamente.

Esta é a dimensão ecológica de todos os sistemas.

Portanto, o Sistema Econômico Financeiro do país e, sem dúvida, um sistema ecológico, devendo ser estudado, também, mediante os cânones da Ecologia, o que pode ser efetuado mediante o Sistemismo-Ecológico, um duplo referencial, de nossa autoria que aborda, simultâneamente, um sistema e, o ambiente em que ele se insere, incluindo, necessariamente, suas interações recíprocas.

Todavia, como veremos mais adiante, o Sistema Econômico-Financeiro Mundial e seus subsistemas nacionais são regulados por "uma mão invisível" ou mecanismo de "feedback", semelhante aos dispositivos de regulação das máquinas automáticas, dos organismos vivos e dos ecossistemas naturais, o que lhes permite funcionar cibernéticamente e, cujo modelo nos inspirou na elaboração da metodologia Sistêmica-Ecológica-Cibernética, de parceria com Rosalda Paim, constante do nosso livro, intitulado "Sistemismo Ecológico Cibérnético", 3a. edição.


Vejam, a seguir, o que a imprensa publicou, ontem, a respeito dos mercados econômico-financeiros, internacional e nacionais, os quais funcionam de maneira sistêmica, ecológica e cibernética, confirmando os postulados do Sistemismo Ecológico Cibernético, cuja divulgação constitui o objetivo deste blog:


* Europa e EUA socorrem mercados com US$ 154 bi

A crise das hipotecas imobiliárias atingiu ontem o ponto mais grave até aqui, com a decisão do banco francês BNP Paribas de bloquear resgates em três de seus fundos, que têm investimentos em papéis lastreados em empréstimos de alto risco.

O anúncio desencadeou uma onda de aversão a risco entre os investidores e o crédito bancário foi reduzido.

O Banco Central Europeu e o Federal Reserve (Fed, banco central americano) foram obrigados a socorrer os mercados, injetando no total US$ 154 bilhões.

Com os investidores se voltando para os papéis do Tesouro americano, considerados investimentos mais seguros, bolsas caíram em todo o mundo e o risco dos países emergentes disparou.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tentou acalmar os mercados, mas sem sucesso.

O mesmo fez o governo brasileiro: o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "o Brasil tem dólares sobrando" e pode resistir à volatilidade do mercado.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* As preocupações com o mercado de crédito americano refletiram-se na Bolsa de São Paulo, que fechou em forte baixa de 3,28%.

O dólar também foi atingido pelo nervosismo, fechando a R$ 1,927.

A crise de inadimplência no setor imobiliário levou o presidente George Bush a discursar, na tentativa de acalmar os investidores.

(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)


* Para evitar uma quebradeira generalizada, bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa injetaram mais de US$ 150 bilhões no mercado.

Bovespa fechou em queda de 3,28%.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)


* Bolsas caem no mundo e BCs agem para conter crise

As principais Bolsas tiveram novo dia de turbulência provocada por temores sobre a saúde da economia norte-americana.

O movimento foi deflagrado pela decisão do banco francês BNP Paribas de suspender as operações de três fundos devido a problemas no mercado imobiliário dos EUA.

Com o anúncio, as Bolsas européias tiveram perdas.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás


* BCs de Europa e EUA se unem para enfrentar crise das bolsas

O agravamento da crise no mercado imobiliário americano fez com que os bancos centrais da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá injetassem o equivalente a US$ 156 bilhões em empréstimos de socorro aos mercados para impedir um efeito dominó.

A reação das autoridades foi uma resposta à decisão do banco francês BNP Paribas, segundo maior da Europa, de impedir saques de investidores em fundos de US$ 2,2 bilhões lastreados em papéis do mercado hipotecário americano.

O nervosismo tomou conta das mesas de operações e arrastou os índices das bolsas de valores pelo mundo.

Em Nova York, o Dow Jones caiu 2,83%; em Paris e Frankfurt, as baixas foram de 2,17% e 2%, respectivamente.

Em São Paulo, recuou 3,28%.

O dólar subiu 2,06% e fechou cotado a R$ 1,926.

(O Globo - Sinopse Radiobrás)


* Fed e UE socorrem os bancos e ações desabam

Foram só dois dias de trégua no mercado financeiro global após o Fed demonstrar confiança no crescimento econômico americano.

Ontem, o otimismo foi por terra após notícias de novas perdas em fundos de investimento, causadas pelas hipotecas subprimes - crédito imobiliário de alto risco.

O movimento dos investidores levou a uma queda generalizada nas bolsas de valores e alta do dólar e da taxa de risco dos emergentes.

O índice Dow Jones caiu 2,83%, o Standard & Poor's, 2,96% e a Bovespa, 3,28%.

O dólar subiu 2,17%, a R$ 1,927, e o risco-país chegou a 187 pontos-base, alta de 6%.

Desta vez, as notícias ruins partiram da Europa, com a suspensão de saque em três fundos do francês BNP Paribas, no vermelho por conta dos subprimes.

A liquidez do setor financeiro foi pesadamente afetada, obrigando os bancos centrais a intervir.

Na Europa, o BCE injetou € 94,8 bilhões na economia para conter a alta nas taxas interbancárias.

Nos EUA, o Fed jogou no mercado US$ 24 bilhões para segurar os juros. Embora os subprimes sejam 10% do mercado hipotecário americano, o medo é de contágio na economia real.

"É muito difícil saber quem está no vermelho e toda vez que os fundos forem mostrando suas perdas, como fez o BNP Paribas, os temores de contágio na economia são realimentados", disse Newton Rosa, economista-chefe do SulAmérica Investimento.

Para o chefe da área de investimentos do Credit Suísse, José Olympio Pereira, é cedo para avaliar se há uma mudança de tendência, visto que a turbulência ocorre durante as férias no Hemisfério Norte, período de menor atividade dos mercados financeiros.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)

quinta-feira, agosto 02, 2007

COMO E QUANDO O GOVERNO EXACERBOU A CRISE AÉREA

A crise aérea já vinha se arrastando a algum tempo, mas o governo a exacerbou ao "esvasiar" e "tirar de campo" o Ministro da Defesa.

Waldir Pires, na prática, foi "demitido", no dia 31 de março, mediante um conlusio entre o governo e os controladores de vôo.

"Manietado", com "mãos e pés amarrados", o Ministro nada poderia fazer.

Agora, é demitido, como "bode expiatório" da crise, fabricada pelo próprio governo.

O Ministro Waldir Pires, com a biografia qie possui, não merecia ser tratado desta forma, pelo governo.

Na ocasião, publicamos a seguinte postagem, cujo teor, convém relembrar:

Sunday, April 1, 2007

CONTROLADORES DE VÔO HUMILHAM FORÇAS ARMADAS E "DEMITEM" SEU MINISTRO

Ao não aceitar a presença do Ministro Waldir Pires na reunião, os controladores de vôo humilharam as Forças Armadas e, praticamente demitiram o seu Ministro, fato jamais imaginado na história militar brasileira e, muito menos, presenciado.

O governo ainda não atentou para o tamanho da crise que assola o país, cujo estopim foi aceso pelos descontroladores (sem aspas mesmo) e permanece de braço cruzados “vendo a banda passar”, ou melhor, manietado, cativo, refém desses pretensos servidores públicos que não estão servindo a ninguém.

Assim como perdeu o controle sobre os “controladores” (agora com aspas), o governo poderá perder o controle da situação e, partir, deste fato concreto, qualquer categoria profissional poderá demitir o respectivo ministro, usurpando prerrogativa do Presidente da República, como aconteceu no caso de colapso do setor aéreo, com afetação dos vôos internacionais, inclusive, atingindo empresas estrangeiras.

A má administração desta crise, tornando necessária e imprescindível o funcionamento da CPI, não apenas, do apagão aérea, mas da crise militar e toda a administração pública federal, paralisando o Congresso, atrasando a aprovação dos instrumentos legais relativos ao PAC, comprometendo o crescimento econômico e indignando até as pessoas que não utilizam o transporte aéreo.

Estas últimas condutas desses profissionais já “chamuscou” o Presidente Lula, assim como não apenas “fritariam”, mas torrariam a pretensa candidatura de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo ou ao Palácio do Planalto, se o governo a expusesse à sanha dos controladores de vôo, no caso de no caso de concretização da infeliz idéia de transferir a Infraero para o Ministério do Turismo, como “fritaram” até queimar o Ministro da Defesa, como o fizeram com um Comandante da Força Aérea, um Presidente da Infraero e continuam expondo o governo à constantes desgastes, como é o caso da CPI do Apagão Aéreo, entre outras conseqüências enumeradas em nossa postagem do dia 20 de março próximo passado, no blog Sistemismo, cujo endereço é o seguinte:

http://www.sistemismo.blogspot.com/

O Comando da Força Aérea emitiu, no sábado passado, a seguinte comunicação, relativa ao controle de vôo

"NOTA À IMPRENSA - 31/03/07

Em decorrência do acordo estabelecido na noite de 30 de março entre o Governo Federal e os controladores, o Comando da Aeronáutica propôs que os controladores passem a exercer, independentemente da gestão militar, o controle de tráfego aéreo de natureza civil, a partir da criação de um novo órgão, diretamente subordinado ao Ministério da Defesa. Os militares e civis que atuam em órgãos de controle de tráfego aéreo passarão à subordinação dessa nova organização.

A Aeronáutica continuará com sua atribuição institucional de Controle do Espaço Aéreo, cabendo ao novo órgão a ser criado o Controle da Circulação Aérea Geral.

O Comando da Aeronáutica compreende a posição assumida pelo Governo, em face da sensibilidade do assunto para os interesses do país, principalmente no tocante à garantia da tranqüilidade do público usuário de transporte aéreo.

O Alto Comando da Aeronáutica, diante da gravidade da atitude adotada pelos controladores, destaca a importância da manutenção dos princípios basilares da hierarquia e da disciplina e reafirma a coesão da Força Aérea sob a autoridade de seu comandante.

Acesse o blog Sistemismo, clicando aqui:http: //sistemismo.blogspot.com/

Uma visão sistêmica ou um retrato global da crise, se encontra no resumo do que foi publicado na imprensa, no dia de hoje, extraído da Sinopse da Radiobrás:

JORNAL DO BRASIL

- Crise na aviação põem militares contra Lula

- Nos aeroportos, a mais ultrajante madrugada
- Enquanto o ministro Waldir Pires, com o apoio do governo, aplicava os manuais do sindicalismo às negociações com militares amotinados, milhares de passageiros, aprisionados nas áreas de embarque ou no interior de aviões parados nas pistas, enfrentavam a mais ultrajante madrugada. Em Brasília, os rebelados ouviram promessas que poderão oficializar o triunfo da baderna. Ficou claro que o calvário nos aeroportos não tem prazo para terminar.

FOLHA DE SÃO PAULO

- Acordo com amotinados provoca tensão na cúpula da Aeronáutica

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de atropelar o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica e ceder aos controladores de vôos amotinados irritou os militares, informam Eliane Cantanhêde e Leila Suwwan.
Na avaliação de altas patentes, Lula e o ministro Waldir Pires não só desmoralizaram o Comando da Aeronáutica como feriram os princípios básicos da hierarquia militar. O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, chegou a cogitar a entrega do cargo.
Os controladores vão exigir na terça-feira uma definição da gratificação salarial que receberão como "garantia" de que as demais reivindicações serão atendidas. Caso contrário, eles ameaçam parar na Páscoa.
Na reunião de negociação do ministro Paulo Bernardo (Planejamento), na sexta, os controladores recusaram a presença do ministro Waldir Pires (Defesa) e de oficiais militares.
Em Washington, onde se reuniu com o presidente George W. Bush, Lula disse que conversou com Pires e o brigadeiro Saito e que pretende encontrar "solução definitiva" para a crise até terça-feira.
- Os aeroportos brasileiros viveram uma madrugada e um dia de caos ontem, com dezenas de vôos domésticos e internacionais atrasados.
Em Curitiba, um passageiro de 54 anos que esperou pelo embarque por mais de 12 horas teve um infarto e morreu ao ser hospitalizado. (...)
- O descaso do governo Lula com a crise aérea e a teoria sindicalista de relações de poder acabou de colocar o Brasil frente ao maior impasse na área militar desde a redemocratização, em 1985.
Anteontem a corda, esticada desde outubro do ano passado, estourou. Meia dúzia de sargentos podem parar o país.
- Editoriais: "Motim", sobre a deterioração da crise aérea; e "Fôlego para competir", acerca da indústria.

O ESTADO DE SÃO PAULO

- Acordo desgasta militares e caos continua nos aeroportos

- Apesar do acordo que colocou fim à greve dos controladores, o movimento nos principais aeroportos do País continuou intenso ontem, com muitos vôos cancelados e atrasados. O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, assumiu que o efeito dominó deverá durar até terça-feira. "A malha aérea foi totalmente destruída. Temos atrasos que variam de 28 horas a 20 minutos", disse. O governo promete começar a colocar em prática na terça-feira um plano gradual de desmilitarização do controle de tráfego aéreo, ponto crucial do acordo com a categoria. As autoridades iniciaram as negociações de forma dura, anunciando a possível prisão de 18 controladores e punições para os líderes da rebelião. A resposta foi o maior episódio de motim no setor, com quebra aberta de hierarquia. O Palácio do Planalto assegura estar "muito satisfeito" com a atuação do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, embora ele tenha saído desgastado após ser desautorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de mandar prender os amotinados. Um dos passageiros impedidos de viajar na noite de sexta, de Curitiba para Porto Alegre, teve um enfarte e morreu na manhã de ontem. Ele tinha passado a noite em claro numa sala de espera do aeroporto.

O GLOBO

- Fim da greve não acaba com caos nos aeroportos

- Dos 553 vôos previstos, 82 foram cancelados e 101 se atrasaram.

CORREIO BRAZILIENSE

- Caos, morte... e militares à beira de um ataque de nervos

- Acordo acaba greve, mas não a confusão nos aeroportos. A decisão de Lula de desmilitarizar o controle do tráfego aéreo causou insatisfação na Aeronáutica e deixou o governo refém dos controladores de vôo. No Paraná, aconteceu o pior: um passageiro passou mal e morreu.
- Pesos pesados do PMDB se divertem em casamento da filha de dirigente do setor aéreo em Salvador. Enquanto passageiros sofriam sem vôos, eles decidiam quem vai dirigir a Infraero, a estatal que administra os aeroportos.

REVISTAS

VEJA

- Apagão aéreo - A rebelião dos controladores

Parou de vez - No pior episódio de indisciplina militar desde 1963, greve de controladores fecha todos os aeroportos do país. Não há dia nem hora para a crise terminar,

CARTACAPITAL

Caninos afiados - Caos aéreo - No ar, interesses dos defensores da privatização do controle do tráfego.

Além disso, vejamos as seguintes manchetes:

Extra: Passageiro morre de infarto em espera de vôo

O Dia: Colapso pode se repetir na semana santa.

Banco de Notícias da Radiobras: http://clipping.radiobras.gov.br/novo/ no item Sinopses 01/04/2007