quarta-feira, agosto 26, 2009

Senador americano Ted Kennedy morre aos 77 anos



Senador americano Ted Kennedy morre aos 77 anos



Do UOL Notícias
Em São Paulo*

O senador americano Edward (Ted) Kennedy morreu na noite da última terça-feira, aos 77 anos, afirmou sua família na madrugada de hoje. Figura proeminente do Partido Democrata, que assumiu um dos mais fabulosos patrimônios políticos dos Estados Unidos depois que seus dois irmãos mais velhos foram assassinados, Kennedy lutava contra um câncer no cérebro, diagnosticado em maio de 2008.

* Emmanuel Dunand/AFP

Edward Kennedy era um dos principais aliados de Obama para aprovar a reforma da saúde nos EUA

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"Edward M. Kennedy - marido, pai, avô, irmão e tio que amamos tão profundamente - morreu na última hora de terça-feira em casa, em Hyannis Port", informa a família Kennedy à imprensa local, por meio de um comunicado. "Perdemos o pilar central e insubstituível de nossa família e a luz alegre de nossa família, mas a inspiração de sua fé, seu otimismo, e perseverança viverá em nossos corações para sempre", continua o texto.

Na luta contra o câncer, o senador chegou a ser operado, mas o tumor não pôde ser totalmente retirado. Apesar da operação delicada, Edward Kennedy teve uma surpreendente aparição na Convenção Democrata de Denver, há um ano, quando Barack Obama foi anunciado como candidato. Com um discurso emotivo, ele prometeu na ocasião estar presente quando Obama tomasse posse e assim o fez.

Sua morte marca o crepúsculo de uma dinastia política, e foi um golpe para os democratas que buscam responder ao chamado do presidente Obama para uma revisão do sistema de saúde. Kennedy tinha feito da reforma da saúde sua causa manifesta.

Conhecido como "Teddy", ele era o irmão do presidente John Kennedy, assassinado em 1963, do senador Robert Kennedy, que morreu baleado, enquanto fazia campanha para a nomeação presidencial democrata de 1968, e de Joe Kennedy, um piloto morto na Segunda Guerra Mundial.

Após a morte de Robert Kennedy, Edward era cotado para disputar a presidência dos Estados Unidos. Mas, em 1969, uma jovem morreu afogada depois que um carro que ele dirigia caiu de uma ponte na ilha resort de Chappaquiddick, em Massachusetts, depois de uma noite de festa.

O episódio arranhou a imagem do político, acusado de ter falhado ao comunicar o acidente às autoridades. Ele se declarou culpado por abandonar o local e recebeu uma sentença condenatória, depois suspensa.

Kennedy disputou a nomeação presidencial do seu partido em 1980, mas perdeu para o então presidente Jimmy Carter. Com as ambições presidenciais contrariadas, Kennedy dedicou a sua carreira ao Senado, que serviu por 43 anos.

* Com informações de agências internacionais e da rede americana CNN (atualizado às 3h46).
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sábado, agosto 15, 2009

OBAMA DIZ QUE REFORMA DE SAÚDE DIMINUIRÁ CONTROLE DAS SEGURADORAS


Washington, 15 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que a reforma do sistema de saúde que promove acabará com o controle exercido pelas empresas seguradoras.

No discurso que faz todos os sábados, o líder acrescentou que, por causa dessa reforma, as seguradoras já não poderão recusar cobertura ou cancelar apólices de doentes.

As seguradoras também serão proibidas de negar cobertura por causa do histórico médico de um paciente, de cancelar a apólice de uma pessoa que adoeça ou de reduzir os serviços quando esses forem mais necessários, prometeu.

"As companhias de seguro já não poderão impor limites arbitrários na cobertura que recebem em um certo ano ou no decorrer da vida, e imporemos um limite ao valor cobrado em despesas próprias, porque ninguém nos Estados Unidos deve ir à falência simplesmente porque adoeceu", criticou.

O presidente, que intensificou sua campanha para atrair apoio popular ao plano, disse que através da reforma as seguradoras deverão pagar exames de rotina e de atendimento preventivo, como mamografias e colonoscopias.

"Não há razão para não salvar vidas ou economizar dinheiro com a detecção adiantada de doenças como o câncer de mama e de próstata", disse.

Obama admitiu que existe ceticismo e que teve uma dura tarefa em seus esforços pela resistência colocada por "interesses particulares que se beneficiam do status quo (e) usam sua influência e aliados políticos para amedrontar e enganar o povo".

"Aqueles que obstaculizam o caminho da reforma estão dispostos a dizer praticamente qualquer coisa para assustá-los sobre o custo de agir. Mas não dizem muito sobre o custo de não agir", afirmou.

Segundo o presidente americano, se não for feito nada para reformar o sistema esse se tornará cada vez mais caro e impossível de se sustentar.

Calcula-se que, nos Estados Unidos, quase 50 milhões de pessoas não tenham seguro de nenhum tipo, e a reforma procura conseguir que esse grupo tenha acesso garantido ao atendimento médico.

Em discurso que também faz aos sábados, o senador republicano Orrin Hatch disse que o partido concorda com que o sistema deva ser reformado.

Porém, afirmou que a reforma representaria um gasto enorme de US$ 2,5 trilhões que "não tem sentido, especialmente em um momento em que a despesa e a dívida estão se multiplicando a uma velocidade alarmante".
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