ENFOQUE SISTÊMICO DO PMDB
Sob este título e, visualizamos o PMDB sob o enfoque sistêmico e, mediante uma visão ecológica, referimo-nos à transformação do ambiente político, face à eleição de Lula, uma vez que o partido (partido mesmo) busca, através de trocas de informações (no seu interior e, com o ambiente externo), adotar um mecanismo de “feedback” para reajustar a agremiação, transformando-a em um verdadeiro sistema, cuja pretensão se encontra expressa na publicação intitulada:
Em busca de apoio total do PMDB, Lula convida Temer ao Planalto
- ( Fonte: Reuters).Por Ricardo Amaral e Natuza NeryBRASILIA (Reuters) - Numa tentativa de atrair todos os setores do PMDB para um governo de coalizão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou um encontro com o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), para a próxima quarta-feira ao meio dia.O convite de Lula foi transmitido pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, na noite de quinta, informou uma fonte do PMDB próxima a Michel Temer. Segundo a fonte, ficará a critério do presidente peemedebista levar ao encontro outros membros da direção partidária.Será o primeiro encontro de Lula com o presidente do PMDB desde julho do ano passado, quando Temer rejeitou uma proposta de se aliar formalmente ao governo. Temer apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais, mas a maior parte do PMDB ficou com Lula."O governo está fazendo um gesto para mostrar ao PMDB que deseja o apoio do partido como um todo, não mais de setores apenas, mesmo que sejam importantes", disse à Reuters um ministro petista que pediu para não ser identificado.Segundo esse ministro, Lula planeja dar ao PMDB um lugar na coordenação de governo e num possível conselho político, mas exige antes a unificação das diversas correntes do partido.Os principais interlocutores de Lula no PMDB são o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o deputado Jader Barbalho (PA), o ex-presidente José Sarney (AP) e o deputado e ex-ministro Eunício Oliveira (CE).Barbalho está coordenando, por sugestão de Lula, um programa que servirá de base ao governo de coalizão.Mesmo representando a maioria governista do PMDB, nas direções regionais e nacional do partido, esses quatro dirigentes não controlam sozinhos a bancada na Câmara. O PMDB elegeu 83 deputados e deve passar de 90 com adesões.Para fazer uma aliança estável com o partido, Lula disse aos aliados que não veta nenhum dirigente, nem mesmo Temer e peemedebistas ligados ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.Lula garantiu o apoio de cinco dos sete governadores eleitos e reeleitos do PMDB e mantém pontes políticas com os outros dois (Luís Henrique, de Santa Catarina, e André Puccineli, do Mato Grosso do Sul).O próprio Temer disse esta semana que o partido tende a apoiar o futuro governo, mas ressalvou, em conversas reservadas, que não abre mão de participar das negociações com o governo."Temer quer uma saída honrosa. O presidente do partido não pode ser simplesmente alijado dos entendimentos", disse um amigo do peemedebista.A coalizão dependerá também das posições estratégicas no Congresso. Mesmo aliados do PT como Eunicio Oliveira reivindicam para o partido a Presidência da Câmara, na qual Lula quer manter Aldo Rebelo (PCdoB-SP)."Por ser a maior bancada na Câmara, o PMDB não pode abrir mão de reivindicar a Presidência", disse o ex-ministro à Reuters. É a mesma posição do ex-líder Geddel Vieira Lima (BA), que apoiou Lula desde o primeiro turno. O PT, por sua vez, reivindica de volta a liderança do Governo no Senado, posto que passou de Aloizio Mercadante (PT-SP) para Romero Jucá (PMDB-RR). Em encontro com a direção petista nesta quinta, Lula pediu ao partido que facilite a coalizão, reduzindo a demanda por cargos.
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