RECESSÃO NOS EE.UU. É QUASE SISTÊMICA
Maioria dos Estados americanos mostram recessão, aponta relatório
25/04/2008 - 05h52
Folha Online
da Associated Press
As finanças de vários Estados americanos apresentaram uma queda tão acentuada neste ano fiscal --o qual se encerra no final de junho-- que já aparentam estar em recessão, aponta uma análise feita pelos departamentos fiscais das 50 unidades federativas.
"Ignorando se a economia nacional está em recessão ou não --foco de intenso debate--, esta é a situação para alguns deles [dos Estados]", informou um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo NCSL (National Conference of State Legislatures), órgão que representa o conjunto dos Estados.
A situação pode ficar ainda pior para a maioria dos Estados no próximo ano fiscal americano, que começa a partir de 1º de julho.
Reportagem da Associated Press cita que o enfraquecimento da economia atinge diretamente a arrecadação estadual. A população está enfrentando a alta de preços de alimentos e combustíveis, ao mesmo tempo em que gasta menos com a compra de casas e mobiliário.
Alguns Estados "tiveram quedas tão acentuadas que aparentam estar em uma recessão", informou o NCLS.
As situações mais complicadas estão em Delaware (costa leste dos EUA), cujo déficit chega a US$ 69 milhões neste ano, e na California, que tem uma previsão de corte de US$ 16 bilhões nos orçamentos para os 2009 e 2010.
A Flórida também não vê uma mudança na arrecadação por causa do prolongado período de quedas reais em suas finanças.
Neste mês, 16 Estados reportaram quedas em seus orçamentos e em sua arrecadação. Há seis meses, os Estados com déficits era menos da metade do atual.
O NCSL prevê que no próximo ano fiscal 23 Estados devem reportar perdas estimadas em US$ 26 bilhões.
De acordo com a reportagem da AP, os dados condizem com a grande quantidade de notícias sobre a situação econômica do país e com os péssimos resultados econômicos divulgados pelos Estados.
Na semana passada, o Comitê de Orçamento e Prioridades Políticas de Washington anunciou que 27 unidades da república projetaram cortes no Orçamento estimados em US$ 39 bilhões.
O presidente George W. Bush voltou a dizer nesta terça-feira que a economia americana não está em recessão, mas em um "período de desaceleração". Contudo, economistas apontam para a queda no nível de encomendas de bens duráveis como um aspecto que revela uma recessão.
O índice caiu 0,3% em março, o terceiro mês consecutivo de queda, e o mais longo período de contrações desde 2001, ano de recessão.
O relatório mostra ainda que somente os Estados que baseiam sua economia em energia, como Dakota do Norte, Wyoming e Alasca terão crescimento pela frente.
O Alasca, por exemplo, tem arrecadado tanto dinheiro com o petróleo que estima superávit de quase US$ 8 bilhões para este ano --quase o dobro de seu orçamento anual.
"Para Estados produtores de energia, a situação fiscal aparenta ser muito boa", completou o relatório.
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