LULA PODERÁ EXPOR MARTA SUPLICY À SANHA DOS CONTROLADORES DE VÕO
Face à infeliz idéia de transferência da Infraero para robustecer o Ministério do Turismo, oferecido a Marta Suplicy, o Presidente da República, se a concretizar, através de uma única “canetada”, certamente, conseguirá:
1) - Privilegiar o aspecto político-sindical no setor de controle de vôo, tão do gosto do seu partido, neste caso, incompatível com um papel de tal envergadura, próprio de uma função do estado;
2) - Debitar ao seu governo o casuísmo de desarticular a administração pública, através do propósito único de premiar dedicações e ou de atender interesses pessoais e políticos.
3) - Manter o governo, os usuários dos transportes aéreos e a população, cativos dos caprichos dos controladores civis de vôo;
4) - Desarticular o Ministério de Turismo, prejudicando todo o trabalho realizado pelo Ministro Walfrido Mares Guia;
5) - Justificar os desatinos da oposição que tenta através da CPI do Apagão Aéreo, inviabilizar o PAC, o crescimento econômico e o segundo mandato de Lula, tudo com vistas à próxima sucessão presidencial.
6) - Não apenas "fritar", mas "torrar" a candidatura de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo ou ao Palácio do Planalto, expondo-a á sanha dos controladores civis de vôo que estão "fritando" o Ministro da Defesa, já “queimaram” um Comandante da Força Aérea, um Presidente da Infraero e continuam expondo o governo à constantes desgastes, como é o caso da CPI do Apagão Aéreo, com as conseqüências enumeradas no item 5;
7) - Atuar na contramão da tendência da sua administração ao destruir a organização sistêmica do setor de controle de vôo;
8) - Transformar a Ministra Marta em mera gestora da “crise de controle de vôo”, que a forçaria a relegar, a plano secundário, os negócios do turismo, com sérios prejuízos ao setor, vale dizer, transferir essa crise para o Turismo, com danosos reflexos à economia do país e, comprometendo o nível de crescimento econômico.
Não seria mais fácil utilizar todo o seu poder, toda a sua autoridade, toda a sua energia, resolvendo, com uma só “canetada”, ao manter, ao consolidar, sob o comando único da Força Aérea, o Sistema Nacional de Controle do Espaço Aéreo, integrado por dois subsistemas:
1) - o subsistema de defesa do espaço aéreo brasileiro e, o
2) - o subsistema de controle de aeronaves civis.
Se isto, acrescido do reequipamento total do setor, cuja intenção já foi manifestada pelo Presidente Luis Ignácio Lula da Silva, não for suficiente, restará a estratégia de uma total militarização do setor, encaminhando ao Congresso proposta de criação de um quadro de controladores militares de vôo, cujas graduações e/ou postos tenham remuneração compatível com a importância das suas atividades.
Aos atuais controladores civis ser-lhes-ia concedido o direito de optarem pela nova carreira, em posto ou graduação compatível com a situação hierárquica possuída e/ou em condições semelhantes às dos militares que tenham o mesmo tempo de serviço.
Aos servidores civis que não aceitarem o ingresso na carreira militar, ficaria assegurada a permanência em quadro em extinção, garantindo-lhes todos os direitos vigentes, ampliadas pela possibilidade de equiparação com os vencimentos e vantagens que forem atribuídos aos titulares do quadro militar, com base em isonomia por tempo de serviço.
Tal projeto poderia, também, ser encampado e melhorado por parlamentares, tanto do governo como da oposição.
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