ECONOMIA MUNDIAL: SUA NATUREZA SISTÊMICA, ECOLÓGICA E CIBERNÉTICA
A economia mundial constitui um sistema:
É o Sistema Econômico-Financeiro Planetário.
O Sistema Wconômico-Financeiro do Brasil corresponde a um dos subsistemas desse sistema, de âmbito mundial.
O Sistema Econômico-Financeiro Planetário constitui, pois, um metassistema do Sistema Econômico-Financeiro Nacional mas, ao mesmo tempo, aquele constitui o ambiente em que este está inserido.
Todo sistema está envolvido pelo ambiente, com o qual efetua constantes intercâmbios, afetando-se, mutuamente.
Esta é a dimensão ecológica de todos os sistemas.
Portanto, o Sistema Econômico Financeiro do país e, sem dúvida, um sistema ecológico, devendo ser estudado, também, mediante os cânones da Ecologia, o que pode ser efetuado mediante o Sistemismo-Ecológico, um duplo referencial, de nossa autoria que aborda, simultâneamente, um sistema e, o ambiente em que ele se insere, incluindo, necessariamente, suas interações recíprocas.
Todavia, como veremos mais adiante, o Sistema Econômico-Financeiro Mundial e seus subsistemas nacionais são regulados por "uma mão invisível" ou mecanismo de "feedback", semelhante aos dispositivos de regulação das máquinas automáticas, dos organismos vivos e dos ecossistemas naturais, o que lhes permite funcionar cibernéticamente e, cujo modelo nos inspirou na elaboração da metodologia Sistêmica-Ecológica-Cibernética, de parceria com Rosalda Paim, constante do nosso livro, intitulado "Sistemismo Ecológico Cibérnético", 3a. edição.
Vejam, a seguir, o que a imprensa publicou, ontem, a respeito dos mercados econômico-financeiros, internacional e nacionais, os quais funcionam de maneira sistêmica, ecológica e cibernética, confirmando os postulados do Sistemismo Ecológico Cibernético, cuja divulgação constitui o objetivo deste blog:
* Europa e EUA socorrem mercados com US$ 154 bi
A crise das hipotecas imobiliárias atingiu ontem o ponto mais grave até aqui, com a decisão do banco francês BNP Paribas de bloquear resgates em três de seus fundos, que têm investimentos em papéis lastreados em empréstimos de alto risco.
O anúncio desencadeou uma onda de aversão a risco entre os investidores e o crédito bancário foi reduzido.
O Banco Central Europeu e o Federal Reserve (Fed, banco central americano) foram obrigados a socorrer os mercados, injetando no total US$ 154 bilhões.
Com os investidores se voltando para os papéis do Tesouro americano, considerados investimentos mais seguros, bolsas caíram em todo o mundo e o risco dos países emergentes disparou.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tentou acalmar os mercados, mas sem sucesso.
O mesmo fez o governo brasileiro: o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "o Brasil tem dólares sobrando" e pode resistir à volatilidade do mercado.
(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)
* As preocupações com o mercado de crédito americano refletiram-se na Bolsa de São Paulo, que fechou em forte baixa de 3,28%.
O dólar também foi atingido pelo nervosismo, fechando a R$ 1,927.
A crise de inadimplência no setor imobiliário levou o presidente George Bush a discursar, na tentativa de acalmar os investidores.
(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)
* Para evitar uma quebradeira generalizada, bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa injetaram mais de US$ 150 bilhões no mercado.
Bovespa fechou em queda de 3,28%.
(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)
* Bolsas caem no mundo e BCs agem para conter crise
As principais Bolsas tiveram novo dia de turbulência provocada por temores sobre a saúde da economia norte-americana.
O movimento foi deflagrado pela decisão do banco francês BNP Paribas de suspender as operações de três fundos devido a problemas no mercado imobiliário dos EUA.
Com o anúncio, as Bolsas européias tiveram perdas.
(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás
* BCs de Europa e EUA se unem para enfrentar crise das bolsas
O agravamento da crise no mercado imobiliário americano fez com que os bancos centrais da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá injetassem o equivalente a US$ 156 bilhões em empréstimos de socorro aos mercados para impedir um efeito dominó.
A reação das autoridades foi uma resposta à decisão do banco francês BNP Paribas, segundo maior da Europa, de impedir saques de investidores em fundos de US$ 2,2 bilhões lastreados em papéis do mercado hipotecário americano.
O nervosismo tomou conta das mesas de operações e arrastou os índices das bolsas de valores pelo mundo.
Em Nova York, o Dow Jones caiu 2,83%; em Paris e Frankfurt, as baixas foram de 2,17% e 2%, respectivamente.
Em São Paulo, recuou 3,28%.
O dólar subiu 2,06% e fechou cotado a R$ 1,926.
(O Globo - Sinopse Radiobrás)
* Fed e UE socorrem os bancos e ações desabam
Foram só dois dias de trégua no mercado financeiro global após o Fed demonstrar confiança no crescimento econômico americano.
Ontem, o otimismo foi por terra após notícias de novas perdas em fundos de investimento, causadas pelas hipotecas subprimes - crédito imobiliário de alto risco.
O movimento dos investidores levou a uma queda generalizada nas bolsas de valores e alta do dólar e da taxa de risco dos emergentes.
O índice Dow Jones caiu 2,83%, o Standard & Poor's, 2,96% e a Bovespa, 3,28%.
O dólar subiu 2,17%, a R$ 1,927, e o risco-país chegou a 187 pontos-base, alta de 6%.
Desta vez, as notícias ruins partiram da Europa, com a suspensão de saque em três fundos do francês BNP Paribas, no vermelho por conta dos subprimes.
A liquidez do setor financeiro foi pesadamente afetada, obrigando os bancos centrais a intervir.
Na Europa, o BCE injetou € 94,8 bilhões na economia para conter a alta nas taxas interbancárias.
Nos EUA, o Fed jogou no mercado US$ 24 bilhões para segurar os juros. Embora os subprimes sejam 10% do mercado hipotecário americano, o medo é de contágio na economia real.
"É muito difícil saber quem está no vermelho e toda vez que os fundos forem mostrando suas perdas, como fez o BNP Paribas, os temores de contágio na economia são realimentados", disse Newton Rosa, economista-chefe do SulAmérica Investimento.
Para o chefe da área de investimentos do Credit Suísse, José Olympio Pereira, é cedo para avaliar se há uma mudança de tendência, visto que a turbulência ocorre durante as férias no Hemisfério Norte, período de menor atividade dos mercados financeiros.
(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)
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