domingo, junho 24, 2007

AERONÁUTICA DOBRA TURNO DE CONTROLADORES DO CINDACTA-1

O governo já começou a colocar em prática as medidas de emergência anunciadas ontem à tarde para tentar vencer o caos aéreo que voltou aos aeroportos.

Os controladores de vôo que trabalharam no turno das 22 horas de sexta-feira às 7 da manhã de hoje foram convocados a permanecerem no Cindacta-1, cumprindo novo turno de trabalho. Só seriam liberados no início da tarde.

Para os controladores, a medida coloca a segurança de vôo em risco.

A mudança de escala de serviço estava prevista entre as nove medidas anunciadas pelo Comandante da Força Aérea, brigadeiro Juniti Saito.

Também já estão trabalhando no Cindacta-1 controladores militares de tráfego aéreo de outros Estados, já transferidos emergencialmente para Brasília.

Segundo os controladores, depois de trabalharem a noite inteira, os sargentos não teriam condições de prosseguir executando o trabalho por um novo turno. Além disso, a medida estaria contrariando as regras internacionais de controle de aeronaves, por exceder a carga horária.

Segurança

A Aeronáutica assegura que, em momento algum, a segurança dos passageiros será afetada por este tipo de medida.

Como o pessoal que está trabalhando agora ainda que não tem o hábito de operar tantas aeronaves como fazem os controladores habituais da área, eles controlarão menos aeronaves, o que poderá provocar demora na liberação de aviões.

Mas, em momento algum, haverá paralisação do tráfego aéreo, garantiu o órgão, que espera retomar a normalidade do fluxo aéreo aos poucos.

A carência de pessoal se agravou com o afastamento de 14 controladores na sexta-feira, considerados os cabeças do movimento.

Eles agora foram transferidos para outros setores do tráfego aéreo militar e não vão mais monitorar aeronaves civis.

"Eles diziam que era incompatível a função de militar e de controlador de vôo. Atendemos o que eles queriam.

Daqui pra frente eles serão apenas militares e não mais controlarão vôos", resumiu Saito, ontem à noite.

Seis meses depois do trabalho, eles perdem a habilitação e o treinamento e, naturalmente não serão reciclados e não poderão mais voltar às antigas funções.

(Agencia Estado - 23/6/2007 13:36)

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